domingo, 1 de junho de 2008

Registo aqui este poema cedido ao meu amigo Luís Oliveira, pelo poeta popular ainda em vida deste e que amavelmente mo facultou.

Poema

Os matos que a natureza criou
cá na nossa região
são os que eu conheço
não posso dizer que não.

Às estevas, os sargaços,
o rosmaninho, a carrasqueira,
o estevão, a rusela, a giesta,
o mato branco, a madrunheira.

A salva brava, a madressilva,
o aderno, a loendreira,
o tojo, a olagra, a carqueja,
o urso branco, a daroeira.

O alecrim, o piorno, o furacanelas,
as silvas, o trovisco,
a trafeira, o pau-folhado,
a murteira, o lentisco,

A pargueira, a esteva-moura,
o alegracão, o zambujeiro,
a roseta, a tamuja,
o carrasco galego, o carapeleiro.

A carqueja, o urso de cepa,
o barbasco, a pirroliteíra,
só conheço estes matos a isca e a seíceira.

São trinta e oito qualidades de matos
que eu aqui tenho versado.
São os nomes que eu conheço,
eu não nasci ensinado.

Poeta popular da terra
Tio Zé Mãos Frias

Realmente belo!
É também belo verificar que as designações atribuídas a algumas plantas,pelo poeta, coincide com os nomes vulgares das existentes na Serra de Ficalho

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